Em terra alentejana...

Sábado... foi sair do estágio, apanhar um, apanhar outra, apanhar uma terceira e bora lá que se faz tarde.
Auto-estrada, IP2 e Nacional 122... em 3 horas metemo-nos em Mértola!!!

Esperava uma vila pacata e, depois de 3 horas ao volante, esperava chegar, estacionar à porta e descarregar!!

Vila pacata? lugarzinho à porta? Ó Joana, será que em tanta divagação não te ocorreu que estavas a ir para as noites islâmicas de Mértola? Um festival?

Saí eu da confusão de Lisboa para desembarcar na confusão. Minhas lindas 3 horas a vislumbrar terrenos cultivados e céus cor-de-laranja!

Enfim...

Vira para aqui, vira para acolá... lá achámos um cantinho, longe mas muito bem-vindo!!

Mértola estava recheada de auto-caravanas, carros, tendas, gente... muita gente! A música árabe espalhava-se pela pequena vila.


A nossa vontade era entrar directamente naquelas ruas com tecto de pano, de vários panos, mas a bagagem pesava.

Demos corda aos sapatos e acabámos por aterrar numa casinha acolhedora e colorida, alentejana!
Largámos a bagagem, precipitámo-nos para a rua e...
Surpresa! Algo mais precipitava na rua - CHUVAAAAAA - e nós sem guarda-chuva e de chinelos.

Tínhamos dois dias para desfrutar, não havia tempo para esperar pelo sol...

Saímos!!!

Uma coisa é certa, eu posso ter andado dois dias com os pés molhados, a fazer choc choc em cada passada, posso ter andado a correr de rua em rua à procura de um pano que não pingasse, posso ter ficado sempre em pé porque não havia lugar para todos... mas Mértola é bonita assim... com chuva! Os cheiros ficam mais apurados, as cores mais vivas e o pessoal mais próximo!

E não nos podemos queixar... a manhã de domingo foi quente e seca, permitiu que além de Mértola conhecêssemos um pouco da feira islâmica.

Posso garantir que a nível de bijutaria, de pecinhas de decoração e de roupa, tudo o que lá se vende cá se encontra, até mais barato. O que interessa é conhecer Mértola e vibrar num ambiente islâmico muito convidativo.

E assim, vim recheada de recordações, de ambientes e de chás, muitos chás...

Um beijo*