...escorria a chuva daquele dia de Inverno. A par e passo com as suas lágrimas,desfocava a paisagem. Não sendo a paisagem o que ele via naquele momento, o cenário esbatido calhava bem.
A nostalgia passava-lhe imagens passadas como um grande projector...fotografias e películas de momentos arquivados...ou talvez não!
Segurava a chávena de chá fria sentado na cadeira de baloiço; já estava naquele cliché há algumas horas.
Quando acordou de manhã soube que o dia seria assim. Faltaram-lhe as forças para sair da cama e rendeu-se a mais algumas horas de sono forçado. Já não luta contra a maré! Arrastou-se da cama já a meio do dia, virou a cadeira para a janela, enrolou-se numa manta, meteu a água a ferver e deixou o dia frio e cinzento fazer o resto!
Não é conformista, não tem pena de si mesmo e não está irremediavelmente deprimido! Não sente prazer na dor e no sofrimento, não está preso à melancolia! Faz tudo o que está ao seu alcance para que o dia o empurre tão para baixo quanto possível. Não luta, deixa-se escorregar pelas imagens projectadas para dentro de si.
Não está irremediavelmente deprimido...quer bater no fundo, chorar até secar...porque amanhã já não vai ser assim!
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Palavras para quê...
Já não as tens! Procuraste ao longo destes anos, dentro de ti, por todos os sentimentos que conseguias transformar em nomes; esgotaste os arredores do coração e acabaste por rompê-lo com a força da urgência. Querias palavras que levassem com elas um bocado de ti.
O seu ar sereno sempre denunciou o teu insucesso. Se por dentro o teu coração rompia, caiu apenas dentro de ti o que nele se agitava!
As palavras com que ele te agarrava não coadunavam com o seu abraço! E quando os abraços se foram esquecendo...as palavras nunca mais se lembraram de ti!
Na esperança de que ele fosse tão alienado quanto alguém pode ser, convenceste-te de que talvez nem todos soubessem amar!
Quem te via nessa busca interminável não percebia a que parte da tua tamanha fraqueza ias buscar tanta força!
Ninguém nunca soube amar como tu!
O seu ar sereno sempre denunciou o teu insucesso. Se por dentro o teu coração rompia, caiu apenas dentro de ti o que nele se agitava!
As palavras com que ele te agarrava não coadunavam com o seu abraço! E quando os abraços se foram esquecendo...as palavras nunca mais se lembraram de ti!
Na esperança de que ele fosse tão alienado quanto alguém pode ser, convenceste-te de que talvez nem todos soubessem amar!
Quem te via nessa busca interminável não percebia a que parte da tua tamanha fraqueza ias buscar tanta força!
Ninguém nunca soube amar como tu!
domingo, 18 de julho de 2010
The meaning of life!
What is the meaning of life?
"Every day that goes by, you know more than before. Your eyes open wider and you know more. You won't wake up today as you went to sleep last night. That's what life is for."
Adorei!!!!
www.6billionothers.org
"Every day that goes by, you know more than before. Your eyes open wider and you know more. You won't wake up today as you went to sleep last night. That's what life is for."
Adorei!!!!
www.6billionothers.org
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Agora..
...que te vês sozinho nessa casa que parece crescer a cada dia que passa, sentes que és mais vazio do que pensavas ser! Quiseste libertar-te de tanto e agora vês-te preso a tão pouco...
Sabias da paixão pela vida que tinhas dentro de ti e que ela não sabia acompanhar, e achaste que sozinho corrias mais rápido por aquele campo de relva.
Mas esta noite adormeceste nessa corrida, ao som da música que te acelerava o metabolismo, e o sono profundo meteu alguém ao pé de ti. Sonhaste de mãos-dadas com quem não conheces mas que tens a certeza de já estar algures por aí.
Revoltou-te seres traído pelo sonho. Revoltaram-te as chapadas de luva branca que o teu inconsciente escondeu de ti.
A manhã solarenga revelou-te uma cama que ainda tinha espaço para mais um, e o sonho ainda fresco tirou-te as forças até aí acumuladas. A vontade de deixar cair nos lençóis as lágrimas que sabias ter dentro de ti fez-te permanecer caído de olhar fixo no nada por dois ou três minutos. Porque não aceitaste o vazio que tens dentro de ti, levantaste-te, engoliste em seco o nó que te pesou no estômago, debruçaste-te sobre a mobília e forçaste um sorriso para te cumprimentares ao espelho...
...partiste sozinho para o campo de relva, num andar cansado, como quem foi arrastado de novo para o ponto de partida, mas consciente da força que ainda havia em ti!
Sabias da paixão pela vida que tinhas dentro de ti e que ela não sabia acompanhar, e achaste que sozinho corrias mais rápido por aquele campo de relva.
Mas esta noite adormeceste nessa corrida, ao som da música que te acelerava o metabolismo, e o sono profundo meteu alguém ao pé de ti. Sonhaste de mãos-dadas com quem não conheces mas que tens a certeza de já estar algures por aí.
Revoltou-te seres traído pelo sonho. Revoltaram-te as chapadas de luva branca que o teu inconsciente escondeu de ti.
A manhã solarenga revelou-te uma cama que ainda tinha espaço para mais um, e o sonho ainda fresco tirou-te as forças até aí acumuladas. A vontade de deixar cair nos lençóis as lágrimas que sabias ter dentro de ti fez-te permanecer caído de olhar fixo no nada por dois ou três minutos. Porque não aceitaste o vazio que tens dentro de ti, levantaste-te, engoliste em seco o nó que te pesou no estômago, debruçaste-te sobre a mobília e forçaste um sorriso para te cumprimentares ao espelho...
...partiste sozinho para o campo de relva, num andar cansado, como quem foi arrastado de novo para o ponto de partida, mas consciente da força que ainda havia em ti!
terça-feira, 22 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
A meio de um passo longo para além...
Transformaste aquele momento numa fotografia. Ela ficou de costas a meio de um passo longo para além. De cabelos e saia comprida e branca ao vento, ela ainda olhava para trás.
Notaste no olhar dela o brilho da despedida e no canto do seu sorriso triste mil palavras para ti. Doeu-te o corte fino da irreversibilidade do tempo. Pensaste no caminho que vos levara ali e revoltou-te não saberes que por aquele desvio por onde seguiram...vinham dar aqui!
Nesse impasse tremido, de quem se deixa escorregar pelo nada até ao chão, não conseguiste parar o curso de água salgada que te desceu pela alma.
Ela era agora uma fotografia de tons antigos tirada por ti.
Lembras-te bem deste momento que te tornou a respiração mais curta. E depois de tanto tempo assusta-te saberes que ela permanece no fim daquele trilho de terra fria...e que tu ainda estás ali!
Notaste no olhar dela o brilho da despedida e no canto do seu sorriso triste mil palavras para ti. Doeu-te o corte fino da irreversibilidade do tempo. Pensaste no caminho que vos levara ali e revoltou-te não saberes que por aquele desvio por onde seguiram...vinham dar aqui!
Nesse impasse tremido, de quem se deixa escorregar pelo nada até ao chão, não conseguiste parar o curso de água salgada que te desceu pela alma.
Ela era agora uma fotografia de tons antigos tirada por ti.
Lembras-te bem deste momento que te tornou a respiração mais curta. E depois de tanto tempo assusta-te saberes que ela permanece no fim daquele trilho de terra fria...e que tu ainda estás ali!
terça-feira, 11 de maio de 2010
No hall da entrada...
Não é fácil dissertar sobre partes e contra-partes que vivem no nosso aquário, aquele que assenta na mesinha de madeira no hall da entrada; a peça de mobília que está lá há mais tempo que nós porque lembramo-nos de vê-la lá desde que nos conhecemos… tem um cheiro antigo e pó no verniz. A esse cantinho nostálgico, que enraizou desde sempre nessa calma, não é fácil chegar!
Sei que passo todos os dias por ele, que quando abro a porta da entrada, ainda de compras e correio na mão, é a primeira coisa que me recebe! É lá que sempre pouso as chaves, de modo esquecido e levantando pó e lascas…
O aquário não tem peixes mas a água estagnada de um verde translúcido parece esconder alguma vida. Faz-me lembrar os sonhos ou aquelas memórias distantes que já não se mostram com clareza…
Às vezes, quando venho menos carregada, pouso o saco de congelados no chão e, depois de largar as chaves, fixo o aquário de cócoras e mergulho um dedo naquela água. Como se fosse o peixe que não existe, sinto toda aquela melancolia estagnada a dificultar-me a respiração. Neste nadar inerte permaneço mais tempo do que sempre devia. Tiro o dedo, passo-o pelas calças de ganga, como quem não quer a coisa, e levo o saco dos “descongelados”.
Na gaveta da mesinha que o suporta guardo um rolo de papel auto-colante colorido. Tem um padrão às riscas, que alterna o vermelho com o branco. Sempre tive ideia de que um aquário de água mole e verde não agradava a muitas vistas e recortar o papel autocolante e fazê-lo coincidir com as arestas daquele paralelepípedo derrubado tornou-se uma rotina.
A senhora Olga da Papelaria “papel e canetas”, nome pouco imaginativo que sempre me despertou curiosidade, quando me vê pela vitrina sorri e acena-me com a tesoura que acabou de retirar de cima do balcão.
- Então Joaninha, são as medidas e o rolo do costume?
Ela deve-me achar estranha. O seu sorriso condescendente e materno dá-me sempre ideia de que ela tem pena de mim. Talvez me ache uma rapariga solitária que se prendeu a um ritual rígido para não pensar na solidão! Esta ideia distorcida de quem recalcou a sua melancolia e a reconhece como tristeza nos outros deixa-me sempre angustiada.
Houve um dia em que me chegou a perguntar:
- Joaninha, filha, diz-me uma coisa: para quê tanto papel às riscas? E sempre o mesmo?
Disse-lhe, em tom de brincadeira, que trabalhava para a editora dos livros do Wally e que a miudagem dos dias de hoje não era muito diferente das de outros tempos. Sei perfeitamente que a resposta não lhe saciou a curiosidade nem lhe diminuiu a pena, ela sorriu com esforço e entregou-me a compra. Ao sair da papelaria imaginei-a debruçada sobre o balcão a ver-me distanciar e perder-me no contorno da vitrina…imaginei o seu ar pensativo e talvez meio lábio mordido!
Sei bem que ela compra tanto papel às riscas quanto eu! E sei também que, quando estamos de costas voltadas uma para a outra, ela pensa no meu aquário verde que não conhece e eu penso nos seus olhos tristes que não se apagam com o seu sorriso nem se perdem no pensamento...
Fascina-me o facto de termos todos um aquário velho perdido no canto da casa sobre uma mesinha de madeira descascada; aproxima-nos como seres humanos.
É bonito pensar que todos nós paramos num momento do dia de cócoras em frente a um aquário sem peixes. Que todos mergulhamos um dedo numa água suja que não nos repugna, pelo contrário, preenche-nos…
E continuamos a forrá-lo mesmo sabendo que já todos aprendemos a reconhecer o verde da água que desbotou para o dedo e que não ficou nas calças de ganga!
Sei que passo todos os dias por ele, que quando abro a porta da entrada, ainda de compras e correio na mão, é a primeira coisa que me recebe! É lá que sempre pouso as chaves, de modo esquecido e levantando pó e lascas…
O aquário não tem peixes mas a água estagnada de um verde translúcido parece esconder alguma vida. Faz-me lembrar os sonhos ou aquelas memórias distantes que já não se mostram com clareza…
Às vezes, quando venho menos carregada, pouso o saco de congelados no chão e, depois de largar as chaves, fixo o aquário de cócoras e mergulho um dedo naquela água. Como se fosse o peixe que não existe, sinto toda aquela melancolia estagnada a dificultar-me a respiração. Neste nadar inerte permaneço mais tempo do que sempre devia. Tiro o dedo, passo-o pelas calças de ganga, como quem não quer a coisa, e levo o saco dos “descongelados”.
Na gaveta da mesinha que o suporta guardo um rolo de papel auto-colante colorido. Tem um padrão às riscas, que alterna o vermelho com o branco. Sempre tive ideia de que um aquário de água mole e verde não agradava a muitas vistas e recortar o papel autocolante e fazê-lo coincidir com as arestas daquele paralelepípedo derrubado tornou-se uma rotina.
A senhora Olga da Papelaria “papel e canetas”, nome pouco imaginativo que sempre me despertou curiosidade, quando me vê pela vitrina sorri e acena-me com a tesoura que acabou de retirar de cima do balcão.
- Então Joaninha, são as medidas e o rolo do costume?
Ela deve-me achar estranha. O seu sorriso condescendente e materno dá-me sempre ideia de que ela tem pena de mim. Talvez me ache uma rapariga solitária que se prendeu a um ritual rígido para não pensar na solidão! Esta ideia distorcida de quem recalcou a sua melancolia e a reconhece como tristeza nos outros deixa-me sempre angustiada.
Houve um dia em que me chegou a perguntar:
- Joaninha, filha, diz-me uma coisa: para quê tanto papel às riscas? E sempre o mesmo?
Disse-lhe, em tom de brincadeira, que trabalhava para a editora dos livros do Wally e que a miudagem dos dias de hoje não era muito diferente das de outros tempos. Sei perfeitamente que a resposta não lhe saciou a curiosidade nem lhe diminuiu a pena, ela sorriu com esforço e entregou-me a compra. Ao sair da papelaria imaginei-a debruçada sobre o balcão a ver-me distanciar e perder-me no contorno da vitrina…imaginei o seu ar pensativo e talvez meio lábio mordido!
Sei bem que ela compra tanto papel às riscas quanto eu! E sei também que, quando estamos de costas voltadas uma para a outra, ela pensa no meu aquário verde que não conhece e eu penso nos seus olhos tristes que não se apagam com o seu sorriso nem se perdem no pensamento...
Fascina-me o facto de termos todos um aquário velho perdido no canto da casa sobre uma mesinha de madeira descascada; aproxima-nos como seres humanos.
É bonito pensar que todos nós paramos num momento do dia de cócoras em frente a um aquário sem peixes. Que todos mergulhamos um dedo numa água suja que não nos repugna, pelo contrário, preenche-nos…
E continuamos a forrá-lo mesmo sabendo que já todos aprendemos a reconhecer o verde da água que desbotou para o dedo e que não ficou nas calças de ganga!
sábado, 8 de maio de 2010
Hapiness hit her like a train on a track...
"And I never wanted anything from you
Except everything you had
And what was left after that too"
Except everything you had
And what was left after that too"
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Ao som de...B Fachada.
Por cá também se faz boa música!
"Viveu sempre sossegado
Cada amor em cada lado
Mas ele mesmo até morrer
Vá-se lá saber
O que sentia todo o dia, até anoitecer"
"Viveu sempre sossegado
Cada amor em cada lado
Mas ele mesmo até morrer
Vá-se lá saber
O que sentia todo o dia, até anoitecer"
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Gosto!
Gosto das minhas gargalhadas sinceras! São aquelas que parecem sair da minha parte mais funda! Duram pouco mas são descaradas e inoportunas...
Gosto de ter de almoçar à frente de uma pessoa estranha e perceber a complexidade da bolha em que cada um vive.
Gosto do olhar nostálgico dos velhotes que observam, sem ver, a miudagem que apanhou o mesmo autocarro. Sei que também vou ser assim...
Gosto de me meter com uma criança e, esperando um sorriso ou um adeus atrapalhado, receber uma "língua-de-fora".
Gosto de estar em sítios onde o silêncio é obrigatório e lembrar-me da anedota que me contaram sem conseguir controlar o riso!
Gosto de me cruzar com um(a) desconhecido(a) e desviar-me três vezes para o mesmo lado que ele(a) até conseguir seguir em frente.
Gosto de perguntar a uma senhora "não me vais ajudar a escolher a porcaria das pêras?" por pensar que era a minha amiga que estava ali ao lado!
Gosto de tudo aquilo que me desarma...
Gosto de ter de almoçar à frente de uma pessoa estranha e perceber a complexidade da bolha em que cada um vive.
Gosto do olhar nostálgico dos velhotes que observam, sem ver, a miudagem que apanhou o mesmo autocarro. Sei que também vou ser assim...
Gosto de me meter com uma criança e, esperando um sorriso ou um adeus atrapalhado, receber uma "língua-de-fora".
Gosto de estar em sítios onde o silêncio é obrigatório e lembrar-me da anedota que me contaram sem conseguir controlar o riso!
Gosto de me cruzar com um(a) desconhecido(a) e desviar-me três vezes para o mesmo lado que ele(a) até conseguir seguir em frente.
Gosto de perguntar a uma senhora "não me vais ajudar a escolher a porcaria das pêras?" por pensar que era a minha amiga que estava ali ao lado!
Gosto de tudo aquilo que me desarma...
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Ao som de...Edward Sharpe & The Magnetic Zeros
Amiga,
sabes quando tudo à tua volta se embeleza sem tu perceberes o que mudou?
Seguravas a "Mini" com o pôr-do-sol por trás de ti. Em contra luz, só o teu sorriso extra longo e branqueado, como o arroz, se distinguia.
Em saltos descoordenados, via-te aparecer e desaparecer do meu horizonte...um alternar entre ti e aquele céu pintado. Os teus cabelos ondulavam em tons laranja ao ritmo da música que nos fez saltar...
...foi esta!
Him: Jade
Her: Alexander
Him: Do you remember that day you fell outta my window?
Her: I sure do, you came jumping out after me.
Him: Well, you fell on the concrete, nearly broke your ass, you were bleeding all over
place and I rushed you out to the hospital, you remember that?
Her: Yes I do.
Him: Well there's something I never told you about that night.
Her: What didn't you tell me?
Him: While you were sitting in the backseat smoking a cigarette you thought was gonna be your
last, I was falling deep, deeply in love with you, and I never told you til just now.
sabes quando tudo à tua volta se embeleza sem tu perceberes o que mudou?
Seguravas a "Mini" com o pôr-do-sol por trás de ti. Em contra luz, só o teu sorriso extra longo e branqueado, como o arroz, se distinguia.
Em saltos descoordenados, via-te aparecer e desaparecer do meu horizonte...um alternar entre ti e aquele céu pintado. Os teus cabelos ondulavam em tons laranja ao ritmo da música que nos fez saltar...
...foi esta!
Him: Jade
Her: Alexander
Him: Do you remember that day you fell outta my window?
Her: I sure do, you came jumping out after me.
Him: Well, you fell on the concrete, nearly broke your ass, you were bleeding all over
place and I rushed you out to the hospital, you remember that?
Her: Yes I do.
Him: Well there's something I never told you about that night.
Her: What didn't you tell me?
Him: While you were sitting in the backseat smoking a cigarette you thought was gonna be your
last, I was falling deep, deeply in love with you, and I never told you til just now.
terça-feira, 30 de março de 2010
Desta vez...
...o silêncio fez-te sorrir!
Encontraste nele uma piada doce ou tamanha ironia. Não te interessa!
A gargalhada que te contorceu a face soube bem. Não queres saber se te riste de ti ou para ti...
Eu também sou assim!
Encontraste nele uma piada doce ou tamanha ironia. Não te interessa!
A gargalhada que te contorceu a face soube bem. Não queres saber se te riste de ti ou para ti...
Eu também sou assim!
quinta-feira, 25 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
Tum...tum...tum...
É fugaz e intermitente...
Assalta-me de rompante e de rompante me abandona. Delicada e estonteantemente, espalha-se por todos os meus cantos que conhece melhor do que eu.
É sensação? Sensação sempre me pareceu!
Embala-me num movimento exagerado que não me adormece. Desperta-me para partes de mim que desconhecia...e tu também!
Pode-se sentir o coração? Tum...tum...tum...
É uma estranheza que bem conheço!
O que se esconde dentro de nós afinal? O que é que escondemos?
Onde ficam esses cantos em mim? Em ti? Neles?
Parecem-me iguais!
Temos todos o mesmo dentro de nós? Soa-me bem!
Tanto quanto sei damos-lhe o mesmo nome...felicidade!
É fugaz e intermitente...
Não corre mas também não se demora, como um estafeta apressado, vem deixar aquilo que traz e segue caminho.
segunda-feira, 8 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
A leitura...
Quando enfrentamos o muro que nos confronta despedaçamo-nos, mas quando aquele muro azul se transforma em água... mergulhamos.
Será que se contam pelos dedos as vezes em que somos duas vontades convergentes? Não eu e tu...eu e eu!
Vejo esse muro gigante e quero trepá-lo, quero contorná-lo, quero atravessá-lo num sprint demorado...já não sei!
Quero que a cal se dissolva e me deixe ver o que me espera do outro lado.
Quão mais fácil seria escolher...
Às escuras não consigo ver e esta ignorância não me deixa optar! Porque é que a vida constrói estes muros a cada passo que queremos dar?
Acabo por me encostar à parede e deixo-me deslizar até ficar sentada no chão! Tanto me aborrece como me conforta esta situação! Baixar os braços por instantes, perder as forças e suspirar sempre me fez sentir estranhamente aconchegada!
Ao meu lado, na parede, vejo coisas escritas à mão. A letra não é estranha e a parede revela-se preenchida por esta escrita conhecida!
Frases e frases de uma espera arrastada acendem na minha memória recordações deste lugar.
Percebo, então, que já ali estive e que o muro é sempre o mesmo...e é meu!
Afinal não é o desafio que traz o muro...quem o leva sou eu!
Então afasto-me, arrastando-me ainda sentada, e arranjo uma posição confortável na relva.
Depois de escolher o ponto de partida, vou lendo frase a frase tudo o que até ali já escrevi.
Se não consigo mergulhar neste muro azul...mergulho dentro de mim!
Beijo*
imagem retirada de www.smh.com.au
sábado, 27 de fevereiro de 2010
Onde fui...
Tive na passada quinta-feira outra viagem à Terra do "não sei o quê" onde quero viver um dia!
Deixei-me embalar pela música que me arrepiava e num vaivém, que não me tirou do sítio, lá fui eu!
Não falei, não cantei, não chorei, não sorri...fechei os olhos para que a audição se aguçasse e deixei-me ir!
Ainda não sei se já voltei!
Que concerto! Que concerto...
Deixei-me embalar pela música que me arrepiava e num vaivém, que não me tirou do sítio, lá fui eu!
Não falei, não cantei, não chorei, não sorri...fechei os olhos para que a audição se aguçasse e deixei-me ir!
Ainda não sei se já voltei!
Que concerto! Que concerto...
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Ao som de...Cocorosie.
Bem, esta música não se ajusta a muitos gostos mas a alguns... enche as medidas!
Enjoy ;)
Enjoy ;)
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Mind the steps...
Só sei que nada sei...
Só sei que nada sei sobre mim neste momento...
Às vezes sou empurrada para esta queda livre em câmara lenta! Caio como se não pesasse e sem temer o chão que não vejo...
Sinto-me pressionada para agir. Mas movimentos em queda, que só tocam o ar...são movimentos em vão; não sou pássaro para voar!
Quem me dera adormecer nesta queda até sentir o chão, levantar-me e ter tudo no sítio...até as ideias!
Que mal tem andar à deriva de vez em quando?
Ando às apalpadelas? Ando!!!
É desculpável perdermo-nos dentro de nós...tamanha imensidão dá lugar a contratempos.
Olham-me como se tivesse nascido com todas as respostas para os meus sentimentos, como se por serem meus tivesse a obrigação de saber defini-los...
Eu digo que não!
Mas, de momento... nada sei!
Print by Jeremy Prasatik
Só sei que nada sei sobre mim neste momento...
Às vezes sou empurrada para esta queda livre em câmara lenta! Caio como se não pesasse e sem temer o chão que não vejo...
Sinto-me pressionada para agir. Mas movimentos em queda, que só tocam o ar...são movimentos em vão; não sou pássaro para voar!
Quem me dera adormecer nesta queda até sentir o chão, levantar-me e ter tudo no sítio...até as ideias!
Que mal tem andar à deriva de vez em quando?
Ando às apalpadelas? Ando!!!
É desculpável perdermo-nos dentro de nós...tamanha imensidão dá lugar a contratempos.
Olham-me como se tivesse nascido com todas as respostas para os meus sentimentos, como se por serem meus tivesse a obrigação de saber defini-los...
Eu digo que não!
Mas, de momento... nada sei!
Print by Jeremy Prasatik
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Ao som de...Patrick Watson.
Dizem que os sonhos comandam a vida, eu assino por baixo. Mas, para mim, nos dias de hoje os sonhos também têm de ser comandados...de outra forma perdem-se!
Confesso que é coisa que nunca deixo em casa antes de sair...os sonhos! Mas percebo que para muitos seja difícil manter esta chama acesa!
Já espalhei muita música por aqui, e não foi por estar sem paciência ou vontade de escrever (excepto uma ou outra vez!). Para mim, a música comanda os sonhos. Há nela qualquer coisa de fantástico que se destaca deste nosso betão! Tenho músicas para todos os momentos, sentimentos, emoções, pensamentos e conclusões... tenho música para viver!
E por isso partilho sempre com vocês as que mais me tocam. Na verdade os conteúdos do separador "Ao som de..." dizem tanto quanto os do "Moi même"...verdade!
E o que mais me agrada nas músicas é que elas servem a todos. Em todos se desdobram de forma diferente dando sempre espaço para os vossos sentimentos...que são diferentes dos meus! Assim, transmito-vos o que sinto e dou-vos a liberdade de sentirem o que sentem...comandados pelo que são!
Beijo*
Confesso que é coisa que nunca deixo em casa antes de sair...os sonhos! Mas percebo que para muitos seja difícil manter esta chama acesa!
Já espalhei muita música por aqui, e não foi por estar sem paciência ou vontade de escrever (excepto uma ou outra vez!). Para mim, a música comanda os sonhos. Há nela qualquer coisa de fantástico que se destaca deste nosso betão! Tenho músicas para todos os momentos, sentimentos, emoções, pensamentos e conclusões... tenho música para viver!
E por isso partilho sempre com vocês as que mais me tocam. Na verdade os conteúdos do separador "Ao som de..." dizem tanto quanto os do "Moi même"...verdade!
E o que mais me agrada nas músicas é que elas servem a todos. Em todos se desdobram de forma diferente dando sempre espaço para os vossos sentimentos...que são diferentes dos meus! Assim, transmito-vos o que sinto e dou-vos a liberdade de sentirem o que sentem...comandados pelo que são!
Beijo*
sábado, 30 de janeiro de 2010
Now...i'm gone!
"You've seen a thousand like me
I'm no the first one, I'm not the only one
The best one, the first one, the last one
You've seen a thousand like me..."
I'm no the first one, I'm not the only one
The best one, the first one, the last one
You've seen a thousand like me..."
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Ai ai...
Leva-me para longe, para onde em sonhos já fui! Preciso de uma nova paisagem de tons claros e horizontes definidos...
Quero sentar-me em frente ao mar e ler um livro de uma só vez. Quero mergulhar os pés na areia quente e encostar-me neste ambiente sonolento...
Quero respirar fundo e suspirar...
Quero tirar a pilha ao relógio e passear...
Quero tanto!!!
Quero sentar-me em frente ao mar e ler um livro de uma só vez. Quero mergulhar os pés na areia quente e encostar-me neste ambiente sonolento...
Quero respirar fundo e suspirar...
Quero tirar a pilha ao relógio e passear...
Quero tanto!!!
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
A receita
As minhas recordações têm sempre um sabor agridoce; o ácido de estarem perdidas no passado mistura-se perfeitamente com a sua doçura.
Mas, como um erro de cálculo, ou má interpretação da receita, o tempo tem o dom de tornar as memórias mais doces. A cada ano que passa, a acidez é enfraquecida até ao dia em que o doce predomina tornando as lágrimas mais salgadas.
É uma mistela esquisita que já não estranhamos.
Alimento-me do meu passado como a formiga que armazena reservas para o Futuro. Sou meticulosa nesta tarefa, não me escapa migalha e aproveito sempre os restos!
Sou o puto com a boca suja que denuncia o chocolate que comeu...
Se me perguntam de onde vem tanta fome respondo sempre que tenho mais olhos que barriga, e sou sincera!
Se me perguntam se tanta doçura já me deu diabetes, respondo que nunca adoeci por recordar!
Os momentos não têm prazo de validade...são muito breves para se estragarem, e isso pouca gente sabe! Muitos não sabem que, independentemente do seu cheiro ou sabor, todos os momentos são comestíveis.
Acreditem, sempre digo, é uma dieta saudável!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Ao som de... Amiina
Permitam-me que vos dê música, uma vez que não me sai nada para o "papel".
Dias assim irritam-me profundamente...mas não profundamente o suficiente para escrever sobre isso!!
Ai....
Enfim, enjoy Amiina!
Dias assim irritam-me profundamente...mas não profundamente o suficiente para escrever sobre isso!!
Ai....
Enfim, enjoy Amiina!
domingo, 17 de janeiro de 2010
760 206 206
É este o número da linha de ajuda ao Haiti lançada pela Portugal Telecom.
O custo da chamada é de 60 cêntimos mais IVA e o total das receitas reverte para as Organizações Não Governamentais (ONG) com missões no país (Cruz Vermelha, AMI, Médicos do Mundo etc.).
A missão destas organizações é o fornecimento de bens de primeira necessidade como alimentos, medicamentos e abrigo.
É um pequeno gesto que, abraçado por muitos, se torna numa grande ajuda!
O custo da chamada é de 60 cêntimos mais IVA e o total das receitas reverte para as Organizações Não Governamentais (ONG) com missões no país (Cruz Vermelha, AMI, Médicos do Mundo etc.).
A missão destas organizações é o fornecimento de bens de primeira necessidade como alimentos, medicamentos e abrigo.
É um pequeno gesto que, abraçado por muitos, se torna numa grande ajuda!
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
A minha vida é como...
A minha vida é como um barco movido pela força do ar.
Tem madeiras sólidas mas velas que gostam de se soltar.
A água não o sustenta, a terra não o sustem…na verdade o meu barco não lembra a ninguém!
Eu digo que vive sempre em alto ar, em clima revolto mas calmo no seu navegar...
Tem um leme com vontade própria que já me levou para lugares que não escolhi, fui obrigada a deixar cair a âncora em terras estranhas...mas nunca fugi!
Percebi, neste barco, que me interessam mais a jornada, as rotas que traço no meu mapa interior e o sabor do vento na cara… não a chegada!
Interessam-me os sítios por onde já passei, o que de lá trouxe e o que lá deixei...
A minha vida é como um barco movido pela força do ar. Quem nele entra sabe que nunca é tarde para embarcar!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
You think you know... but you have no idea!
Para nós, que muitas vezes não olhamos para os pormenores e que rotulamos como comum tudo o que já vimos acontecer vezes e vezes sem conta, uma oportunidade para aprender que a brevidade, que também é nossa, esconde uma beleza que não é vista a olho nu mas que pode ser sentida!
Num harmonioso 2 em 1, deixo aqui também uma das minhas músicas preferidas!
"Acordai para a vida que o tempo corre!"
Beijo*
Num harmonioso 2 em 1, deixo aqui também uma das minhas músicas preferidas!
"Acordai para a vida que o tempo corre!"
Beijo*
domingo, 3 de janeiro de 2010
A não perder: Arpad szenes - Vieira da Silva
Fui hoje visitar o Museu da fundação Arpad szenes - Vieira da Silva!
Vim muito satisfeita com duas reproduções (muito baratinhas) que me confortam com a sensação de ter arrastado comigo parte daquela desta exposição!
Ao princípio, estava decidida a trazer uma das suas cidades cinzentas e movimentadas mas ao ver " La Florêt des erreurs" mudei de opinião! Apaixonei-me pelas cores desta "florestas dos erros" e, como devem calcular, a fotografia não faz jus à grandeza da coisa!
Trouxe também um representativo do nosso 25 de Abril de 1974:
E mais não trouxe por não ter mais paredes! ;)
Aconselho.
Beijo*
Vim muito satisfeita com duas reproduções (muito baratinhas) que me confortam com a sensação de ter arrastado comigo parte daquela desta exposição!
Ao princípio, estava decidida a trazer uma das suas cidades cinzentas e movimentadas mas ao ver " La Florêt des erreurs" mudei de opinião! Apaixonei-me pelas cores desta "florestas dos erros" e, como devem calcular, a fotografia não faz jus à grandeza da coisa!
Trouxe também um representativo do nosso 25 de Abril de 1974:
E mais não trouxe por não ter mais paredes! ;)
Aconselho.
Beijo*
Ao som de... Nouvelle Vague.
Linda linda linda! dá-me vontade de viajar para um sítio verde e por lá ficar até mais não me apetecer!
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